Miragens
de felicidade são coladas nos muros dos colégios. Os carros passam e deixam
fumaça. Os sapos saltam nos pântanos úmidos das florestas livres. Um circuito
pequeno de tempo relata aos autos da vida diversas manifestações de existência,
simples ao olhar e altamente complexas pelas lentes que ampliam a ordenada
sequencia microscópica. Somos seres gigantes povoados de milhões de miniaturas
que nos moldam, desenvolvem e fazem respirar.
Páginas
são passadas, livros são lidos. Mentes são construídas, novos caminhos no
cérebro são abertos como clareiras em densas florestas. Toda confusão cede
espaço ao conhecimento, ao raciocínio. Uma mistura de caos e virtudes
adquiridas nos formam, dia após dia. Queremos escrever, queremos falar. Somos o
que soamos ao longo dos minutos. Nada mais nos resume senão o infinito campo do
ser.
Existimos.
A frase se encerra assim. Não existe conceituação mais digna de reflexão. Até
onde existiremos se dará por bases biológicas e sociais. Andamos sempre como
vítimas sem resgate dos constantes sequestros, seja através dos governos,
delinquentes ou de nós mesmos. Nos refugiamos de guerras que não lutamos.
Tudo
o que sabemos é que somos tudo que sabemos. Somos livros em branco,
infindáveis. Nossa história não deixa de ser escrita quando acaba a tinta. Por
mais finitos que sejamos, somos eternos, e para sempre, seremos falados.
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