19.4.13

Infinitos


Miragens de felicidade são coladas nos muros dos colégios. Os carros passam e deixam fumaça. Os sapos saltam nos pântanos úmidos das florestas livres. Um circuito pequeno de tempo relata aos autos da vida diversas manifestações de existência, simples ao olhar e altamente complexas pelas lentes que ampliam a ordenada sequencia microscópica. Somos seres gigantes povoados de milhões de miniaturas que nos moldam, desenvolvem e fazem respirar.
Páginas são passadas, livros são lidos. Mentes são construídas, novos caminhos no cérebro são abertos como clareiras em densas florestas. Toda confusão cede espaço ao conhecimento, ao raciocínio. Uma mistura de caos e virtudes adquiridas nos formam, dia após dia. Queremos escrever, queremos falar. Somos o que soamos ao longo dos minutos. Nada mais nos resume senão o infinito campo do ser.
Existimos. A frase se encerra assim. Não existe conceituação mais digna de reflexão. Até onde existiremos se dará por bases biológicas e sociais. Andamos sempre como vítimas sem resgate dos constantes sequestros, seja através dos governos, delinquentes ou de nós mesmos. Nos refugiamos de guerras que não lutamos.
Tudo o que sabemos é que somos tudo que sabemos. Somos livros em branco, infindáveis. Nossa história não deixa de ser escrita quando acaba a tinta. Por mais finitos que sejamos, somos eternos, e para sempre, seremos falados.

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